Centro de acolhimento de imigrantes de Melilla vive situação "extrema"

O secretário de Estado da Segurança espanhol considerou hoje que se vive uma situação "extrema" no centro de acolhimento de imigrantes em Melilla, que alberga atualmente seis vezes mais pessoas que a sua capacidade adequada.
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Francisco Martínez falava aos jornalistas na cidade espanhola no norte de África onde se deslocou depois de hoje um grupo de quase 500 imigrantes ilegais ter conseguido entrar na cidade quando mais de mil imigrantes tomaram de assalto a fronteira com Marrocos.

Depois das entradas de hoje o centro de acolhimento temporário de imigrantes tem mais de 2.400 pessoas, quase seis vezes mais que a sua capacidade prevista de 480.

Martínez disse que a situação é dramática, apesar de o Governo espanhol estar a levar a cabo transferências semanais de 75 imigrantes para outros centros em Espanha e de desde o início do ano terem já sido transferidos 1.734 imigrantes ilegais.

Escusando-se a estimar quantos imigrantes estão ainda do lado marroquino da fronteira à espera de entrar em Melilla, Martínez reiterou o apelo para a cooperação da União Europeia para responder ao drama da imigração.

"É necessário um maior envolvimento da UE porque não se trata unicamente de uma fronteira de Espanha mas do conjunto da união", disse.

Cerca de 500 imigrantes ilegais conseguiram hoje entrar na cidade espanhola de Melilla, depois de saltarem a fronteira com Marrocos, numa das mais fortes tentativas de assalto em grupo.

Fontes policiais explicaram que cerca de mil imigrantes tentaram, cerca das 06:00 locais (05:00 em Lisboa), tomar a fronteira de assalto, numa zona próxima do bairro chinês.

Apesar do forte dispositivo policial dos dois lados da fronteira, e do apoio de um helicóptero da Guarda Civil, cerca de metade dos elementos do grupo conseguiram saltar a fronteira.

Em resposta à ação de hoje o Governo espanhol anunciou o envio de um reforço de 100 agentes da Unidade de Intervenção Policial (UIP) da Polícia Nacional.

Este grupo vai unir-se aos 180 agentes dos Grupos Rurais de Segurança (GRS) da Guarda Civil que já estão destacados na vigilância da fronteira.

ASP // JMR

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